21 março 2010

pioggia, ancora.

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É o segundo domingo que chove dourado. Seguido.
Eu sou cética e objetiva para muitas coisas, mas em um dia como esse, só pode ser um sinal divino.

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19 março 2010

takk

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Sigur Rós é um banda que me foi apresentada numa manhã muito especial por uma pessoa muito amada. Não só ouvi Jonsi, o vocalista e sua trupe como vi um DVD belíssimo de uma turnê que eles fizeram pela Islândia (sua terra natal) para agradecer o seu povo pelo tremendo sucesso que fizeram no resto da Europa. O DVD chamado Heima ("início" em islandês) é um making of de vários shows-surpresa que fizeram em algumas cidadelas da ilha: tão, tão lindo que tira o fôlego. Dessas lembranças que se guardam com extremo cuidado e carinho na memória para não perder o frescor.
Lembro de me sentir transportada para um mundo lírico, de sonhos mesmo, fábulas e alegorias quando ouvi aquela voz em falsete cantando palavras que não faziam o menor sentido para mim, mas que me tocavam tão profundamente que quase me fizeram chorar.

- Eles cantam em islandês? – eu perguntei
- Não, é uma língua inventada. – disse Rafa com um sorriso no rosto

Então tudo fez muito sentido. São gênios.

Hoje descobri através deste site que Jonsi, o vocalista, lançou um projeto solo cantado em inglês. Pensei que poderia ser decepcionante ouvir o que ele teria a dizer, já que o que ele tem a cantar é tão forte que qualquer rima nada menos que do que genial poderia fazer tudo perder o sentido, mas o que ganhei esta manhã foi um belo presente.

Jonsi faz sentido, e fez os meus olhos se encherem de lágrimas.

SÉRIO, percam 4 minutos e 39 segundos do seu dia aqui. Segue letra.


Go sing too loud
Make your voice break - Sing it out
Go scream do shout
Make an earthquake...

You wish fire would die and turn colder
You wish your love could see you grow older
We should always know that we can do anything

Go drum do go out
Make your hands ache - Play it out
Go march through crowds
Make your day break...

You wish silence released noise in tremors
You wish I know it surrender to summer
We should always know that we can do everything

Go do you´ll know how to
Just let yourself fall into landslide

Go do you´ll know how to
Just let yourself give into low tide

Go do!

Tie strings to clouds
Make your own lake - Let it flow
Throw seeds to sprout
Make your own break - Let them grow

Let them grow (Endless summers)
Let them grow (Endless summers)

(Go do endless summers)

You will survive we´ll never stop wonders
You and sunrise will never fall under

You will survive we´ll never stop wonders
You and sunrise will never fall under
We should always know that we can do anything

Go do!



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18 março 2010

da série: exercícios de escrita criativa - 1

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Premissas: 5 sentenças, 1ª. pessoa, 5 palavras chulas e alguém sobre um trampolim.

Não é só assustador estar aqui, se eu parar pra pensar... o vento que gela neste ar rarefeito também dá um certo barato, um aperto no músculo esquerdo, uma pequena revolução intestinal e a sensação de completa leveza (vazio?) e absoluta cadência ritmada no tempo das palavras que saem da boca dela. A cada uma, tomo um pouco mais de impulso, empurro para baixo as pernas que se prendem através das unhas naquelas farpas de madeira transversal: “eu”, “você”, a “certeza”, a “dúvida”, a “dívida”, a “pena”, o “tempo”, o “fucking timing”, a “hora errada”, o “encontro certo”, o “medo”, a “porra do seu egoísmo de merda”, a “certeza morta”... a “vertigem”... a “filha da puta da saudade”. Eu ouço quieto cada uma e marco mentalmente aquelas que fazem sentido... ouço, marco, sinto e me impulsiono mais e mais e mais e mais e mais e... Cronometro o ritmo, analiso os “eus” e os “vocês” cada vez mais separados nas suas frases mas fatalmente juntos no contexto: EU blank VOCÊ, até que “eu”, “eu”, “eu”, “eu” e..... e é então que esqueço o resto e me posiciono cada vez mais perto da borda angulosa. Em frente – enquanto houver – eu vejo você se afastar... abaixo, a noventa graus de gravidade o salto da morte; da sua morte em mim. “Acho uma bosta ter que te dizer isso assim e usar o clichê do abandono que tantos outros já usaram mas.... entenda... o problema não é você, sou eu.”

15 março 2010

pioggia

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Ontem choveu dourado pela janela do banheiro. Tenho certeza que só eu vi, só eu reparei. Foram poucos segundos... mas eu vi.

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10 março 2010

Ditados de uma geração em (na) crise VIII

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"Vivo un Big Brother personal. Son premios y castigos todo el tiempo. La semana pasada, por ejemplo, me puse en el paredón."

P.M.

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