30 abril 2009

o amor nos tempos do "pra sempre"

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Quem sabe um encontro, uma inesperável surpresa. Aquela carta que nunca chegou e que - porque não? -, poderia achar neste tempo um caminho errado (ou quiçá certo) de se perder um minha direção e voltar para onde sempre foi o seu destino. Aquele número achado no bolso da calça do dia em que você arrumou uma desculpa pra me deixar te achar como se a idéia fosse minha. Você foi um bom estrategista. Aquele postal que separei para você na volta do banheiro do bar. Sempre adorei essas frivolidades contundentes (e redundantes) de papel. O bilhete que você, enrolado, prendia ás minhas graças só pra me ver sorrir de lado, de costas, de nada. O recado verde no caderno, as ondas, o móbili. Aquilo tudo que você me vendia como sua oferenda (ou seria oferta?) no nosso altar que você considerava mais seu do que meu. Cartas de amor, aquelas mesmas tão ridículas quanto as da(o) pessoa. A delicia que foi te enxergar como artista, e me ver refletida em coisas lindas que causava em você, tão linda. A tua paciência com o meu silêncio, com as minhas dores, com os seus efeitos em mim. O banco vazio da tua aula de francês que gritou no meu ouvido “EU TE AMO, PORRA!” A nossa primera foto (que você mesmo revelou), no nosso primeiro aniversário, na primeira noite de sono no seu colo naquele pufe. O não-sexo e todos os sexos de mentira (e de verdade) que se seguiram. A falta do gozo, a descoberta de todo o resto que fazia das nossas noites uma fábula fálica de mãos e dor no banco de trás daquele carro. O teu olhar que me pedia “mente, mas diz que fica pra sempre”. A valsa no quarto, a orquestra do itunes. O palco, a coxia do armário, o (des)vestiário da tua cama. As mãos no vidro e aquele adeus onde ainda cabia tanto amor.

O nosso pequeno mundo. Os nossos universos que, paralelos, adoravam se flertar no tempo e se seduzir independente de nós. Eles se acharam, e nos avisaram que ali, naquela pessoa, existia algo que eles queriam.

Fodam-se vocês.


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Um comentário:

  1. Uma bonita musica de Fabiana Cantilo...
    "Nada es para siempre"

    Sin querer, te lastimé.
    Sin querer,
    te abandoné.
    Sólo sé que yo no sé,
    cuidarte de mi amor.
    Necesito tu perdón,
    necesito verte hoy.
    Sólo sé que yo no sé,
    cuidarte de mi amor.
    Si al final, siempre el tiempo se va,
    donde caen los días.
    Si al final,
    abrazarse al dolor,
    no nos deja brillar.
    Dime que será,
    qué será de los dos
    cuando pase la vida?
    Algo ocurrirá,
    tengo una sensación,
    una carta guardadda,
    un buen signo del sol.
    Nada es para siempre,
    nada es para siempre.
    No me digas mi amor,
    que te falta valor,
    porque nada es para siempre.
    Si pudieramos hablar,
    si pudieramos dejarlo.
    Vos sabés que yo no sé,
    cuidarte de mi amor.
    Otra vez me equivoqué,
    otra vez te abandoné.
    Vos sabés que yo no sé,
    cuidarte de mi amor.
    El azar nos permite cambiar
    nuestro incierto destino.
    El temor que nos puede vencer
    sin mirar más allá.
    Yo creo que al final,
    nunca sé dónde voy,
    pero sigo un camino.
    Algo ocurrirá, tengo la sensación,
    una carta marcada,
    un buen signo del sol.
    Nada es para siempre,
    nada es para siempre,
    no me digas mi amor,
    que te falta valor, porque nada es para siempre.
    Nada es para siempre
    mada es para siempre,
    Si tu risa escapó,
    si no escuchas mi voz.
    Sabés, nada es para siempre...
    Todo vuelve a mí,
    una vez más.
    Todo vuelve a mí, una vez más...
    Una vez más, me aliviarás, me aliviarás...
    Todo vuelve a mí una vez más,
    todo vuelve a mí, una vez más...
    Tan cerca de mí, un vez más...

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